segunda-feira, 27 de julho de 2009

Não eram vozes, eram escândalos, inalados por meus ouvidos.
Eu estava roca, presa não só nas cordas vocais, mas sim em minha vida.
Olhares encostados ao canto, sorrisos guardados dentro de ampolas e meu sangue escorrendo entre meus dedos.
A escuridão me cercava, minha cabeça estava obscura, meus olhos alagados...
Eu tentava me soltar, mas era como se tentasse me prender mais e mais forte....
Meu coração então foi arrancado e pendurado diante de mim.
Sátiras, era isso o que eles queriam.
E meu amor, foi-se embora como água no ralo.
E minha vida já tinha se quebrado minutos atrás.
Agente tenta ser feliz.
E elês não querem.
No livro da vida, minha página foi rasgada.
O que adianta alimentar a avareza do amor alheio e não olhar a si mesmo.
Levantar a cabeça para que os outros sintam inveja e não gostar de si mesmo.
Pra que se têm vida para todos na mesma forma, sendo que esses aí não nos deixam conhecer o verdadeiro sentido?
Passos, Marca, Marcapassos, parem por misericórdia em nome do amor.
Se o coração é mecânico, e a mente é um poço, se joga pra bem longe.
Porque o meu coração corre sangue, e o meu é vermelho, não preciso de técnico, ou engenheiro.
Me deixe viver.

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