Era como se eu fosse uma criança, desobedencendo os adultos a cada aviso

Desnorteada, sem saber o caminho, eu continuava a seguir, poderia sair ou não, mas eu caminhava a busca de algo meu.
Eles já tinham me avisado que não era pra eu entrar, mas meu instinto foi ignorando-os, eu sabia que eu iria me dar bem...
Então segurei em sua mão e caminhei por mais de 12 meses, tentando isolar minha felicidade para que nem me visse desobedendo.
Nada de pimenta na boca, nada de castigo, o que eu queria mesmo era seguir da forma em que eu quisesse.
E foi no escuro que eu apertei sua mão e segui em frente, me prometendo que nada iria acontecer.
Passei pelos mais perigosos caminhos no meio da noite, e nada me aconteceria, pois eu tinha esperança em sobreviver...
Esacalamos troncos, subimos árvores, enfrentamos todos os tipos de problemas, e eu jurava te proteger.
O caminho que prefiri seguir com você era o mais complicado, o mais obscuro, o que mais doía...
Mas eu forçava meus olhos no fim do túnel, para que eu pudesse sair e deixar de sobreviver para poder então realmente viver...
Eu tinha medo que algo acontecesse com você, você pra mim era como a tatuagem é para a pele.
Dor, angustia, e luz não chegava...
Eu estava sozinha e você mais do que eu.
Era uma prova de resistência, onde a teimosia prevalecia...
Não sei se continuo a desobedecer os mais velhos...
Não sei se acredito que eles sempre estão certos.
E eu estou sempre errada?
Eu quero ser para você o que a árvore é para a terra, assim as duas juntas se fortalecem prometendo ficar firme para sempre...
Não sei se invisto na teimosia e fico triste, ou se tento continuar a me prometer um doce sonho de amor.
Prova de resistência, arvorismo, caminhe sobre o errado, e tente ser feliz.
O que eu faço?